Terça-feira, 7 de Dezembro de 2010
China apela à assinatura de Quioto
30 Novembro 2005
A China apelou ontem aos países que ainda não assinaram o protocolo de Quioto para que o façam sem demora. "Devemos fazer esforços para garantir o desenvolvimento sustentável da China e uma protecção efectiva do ambiente, e o Protocolo de Quioto tem um papel importante neste campo", disse em Pequim o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Liu Jianchao.
Respondendo a uma pergunta sobre a posição da China na Conferência das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, que começou segunda-feira em Montreal, Canadá, Jianchao fez o apelo "Aprovem o protocolo o mais depressa possível."
Ontem, os responsáveis da Convenção Quadro e da Conferência das Nações Unidas para as Alterações Climáticas sublinharam a importância de "reforçar o diálogo com os Estados Unidos". Os governos dos Estados Unidos e da Austrália são os que mais têm combatido o protocolo de Quioto, tendo lançado uma organização paralela, a parceria Ásia-Pacífico para o Desenvolvimento Limpo e o Clima, da qual fazem ainda parte a China, Índia, Coreia do Sul e Japão.
"Não estamos à espera que os Estados Unidos cheguem e digam que vão aderir ao protocolo. Mas há muito a fazer com os nossos amigos americanos", disse o presidente da conferência e ministro do Ambiente do Canadá, Stephane Dion. Já o director-executivo da conferência, Richard Kinley, afirmou que "os Estados Unidos têm sido muito activos" na área ambiental, tendo, no entanto, metas diferentes do protocolo.
A Conferência da ONU para as alterações climáticas decorre até 9 de Dezembro. Conta com a participação de 180 países, 4500 organizações não governamentais e 120 responsáveis governamentais de todo o mundo.